segunda-feira, 27 de junho de 2011
30 Seconds to Mars - Hurricane
No matter how many times that you told me you wanted to leave
No matter how many breaths that you took
You still couldn't breathe
No matter how many nights that you'd lie
Wide awake to the sounds of poison rain
Where did you go?
Where did you go?
Where did you go...?
As days go by the night's on fire
Tell me would you kill to save a life?
Tell me would you kill to prove you're right?
Crash, crash, burn, let it all burn
This hurricane's chasing us all underground
No matter how many deaths that I die, I will never forget
No matter how many lives that I live, I will never regret
There's a fire inside, of this heart
And a riot, about to explode into flames
Where is you God?
Where is you God?
Where is you God...?
Do you really want?
Do you really want me?
Do you really want me dead or alive
To torture for my sins
Do you really want?
Do you really want me?
Do you really want me dead or alive
To live a lie
Tell me would you kill to save a life?
Tell me would you kill to prove you're right?
Crash, crash, burn, let it all burn,
This hurricane's chasing us all underground
The promises we made were not enough
The prayers that we had prayed were like a drug
The secrets that we sold were never known
The love we had, the love we had
We had to let it go
Tell me would you kill to save a life
Tell me would you kill to prove your're right
Crash crash, burn, let it all burn,
This hurricane chasing us all underground
Oh oh woah, this hurricane
Oh oh woah, this hurricane
Oh oh woah, this hurricane
Oh oh woah...
Do you really want?
Do you really want me?
Do you really want me dead or alive
To torture for my sins
Do you really want?
Do you really want me?
Do you really want me dead or alive
To live a lie
Avenged Sevenfold - Beast and the Harlot
This shining city built of gold, a far cry from innocence
There's more than meets the eye round here look to the waters of the deep.
A city of evil
There sat a seven-headed beast, ten horns raised from his head
Symbolic woman sits on his throne but hatred strips her and leaves her naked.
The Beast and the Harlot
She's a dwelling place for demons,
she's a cage for every unclean spirit every filthy bird
and makes us drink the poisoned wine
to fornicating with our kings.
Fallen now is Babylon the Great.
The city dressed in jewels and gold, fine linen,
Myrrh and pearls
Her plagues will come all at once as her mourners
watch her burn.
Destroyed in an hour
Merchants and captains of the world,
sailors navigators too
Will weep and mourn this loss with her
sins piled to the sky
The Beast and the Harlot.
She's a dwelling place for demons,
she's a cage for every unclean spirit every filthy bird
and makes us drink the poisoned wine
to fornicating with our kings.
Fallen now is Babylon the Great.
Day has come for all us sinners,
if your not a servant you'll be struck to the ground.
Flee the burning, greedy city looking back on her
to see there's nothin' around.
I don't believe in fairytales and no one wants to go to Hell,
but we made the wrong decision
and it's easy to see. Now if you wanna serve above or
be a king below with us you're
welcome to the city where your future is set forever.
She's a dwelling place for demons,
she's a cage for every unclean spirit every filthy bird
and makes us drink the poisoned wine
to fornicating with our kings.
Fallen now is Babylon the Great.
She's a dwelling place for demons,
she's a cage for every unclean spirit every filthy bird
and makes us drink the poisoned wine
to fornicating with our kings.
Fallen now is Babylon the Great.
Three Days Grace - Time of Dying
On the ground I lay
Motionless in pain
I can see my life flashing before my eyes
Dead I fall asleep
Is this all a dream
Wake me up, I'm living a nightmare
I will not die (I will not die)
I will survive
I will not die, I'll wait here for you
I feel alive, when you're beside me
I will not die, I'll wait here for you
In my time of dying
On this bed I lay
Losing everything
I can see my life passing me by
Was it all too much
Or just not enough
Wake me up, I'm living a nightmare
I will not die (I will not die)
I will survive
I will not die, I'll wait here for you
I feel alive, when you're beside me
I will not die, I'll wait here for you
In my time of dying
I will not die, I'll wait here for you
I feel alive, when you're beside me
I will not die, I'll wait here for you
In my time of dying
I will not die, I'll wait here for you
I will not die, when you're beside me
I will not die, I'll wait here for you
In my time of dying
O Gato Preto
No entanto, não tentarei esclarecê-los. Em mim, quase não produziram outra coisa senão horror - mas, em muitas pessoas, talvez lhes pareçam menos terríveis que grotesco. Talvez, mais tarde, haja alguma inteligência que reduza o meu fantasma a algo comum - uma inteligência mais serena, mais lógica e muito menos excitável do que, a minha, que perceba, nas circunstâncias a que me refiro com terror, nada mais do que uma sucessão comum de causas e efeitos muito naturais.
Desde a infância, tornaram-se patentes a docilidade e o sentido humano de meu caráter. A ternura de meu coração era tão evidente, que me tomava alvo dos gracejos de meus companheiros. Gostava, especialmente, de animais, e meus pais me permitiam possuir grande variedade deles. Passava com eles quase todo o meu tempo, e jamais me sentia tão feliz como quando lhes dava de comer ou os acariciava. Com os anos, aumentou esta peculiaridade de meu caráter e, quando me tomei adulto, fiz dela uma das minhas principais fontes de prazer. Aos que já sentiram afeto por um cão fiel e sagaz, não preciso dar-me ao trabalho de explicar a natureza ou a intensidade da satisfação que se pode ter com isso. Há algo, no amor desinteressado, e capaz de sacrifícios, de um animal, que toca diretamente o coração daqueles que tiveram ocasiões freqüentes de comprovar a amizade mesquinha e a frágil fidelidade de um simples homem.
Casei cedo, e tive a sorte de encontrar em minha mulher disposição semelhante à minha. Notando o meu amor pelos animais domésticos, não perdia a oportunidade de arranjar as espécies mais agradáveis de bichos. Tínhamos pássaros, peixes dourados, um cão, coelhos, um macaquinho e um gato.
Este último era um animal extraordinariamente grande e belo, todo negro e de espantosa sagacidade. Ao referir-se à sua inteligência, minha mulher, que, no íntimo de seu coração, era um tanto supersticiosa, fazia freqüentes alusões à antiga crença popular de que todos os gatos pretos são feiticeiras disfarçadas. Não que ela se referisse seriamente a isso: menciono o fato apenas porque aconteceu lembrar-me disso neste momento.
Pluto - assim se chamava o gato - era o meu preferido, com o qual eu mais me distraía. Só eu o alimentava, e ele me seguia sempre pela casa. Tinha dificuldade, mesmo, em impedir que me acompanhasse pela rua.
Nossa amizade durou, desse modo, vários anos, durante os quais não só o meu caráter como o meu temperamento - enrubesço ao confessá-lo - sofreram, devido ao demônio da intemperança, uma modificação radical para pior. Tomava-me, dia a dia, mais taciturno, mais irritadiço, mais indiferente aos sentimentos dos outros. Sofria ao empregar linguagem desabrida ao dirigir-me à minha mulher. No fim, cheguei mesmo a tratá-la com violência. Meus animais, certamente, sentiam a mudança operada em meu caráter. Não apenas não lhes dava atenção alguma, como, ainda, os maltratava. Quanto a Pluto, porém, ainda despertava em mim consideração suficiente que me impedia de maltratá-lo, ao passo que não sentia escrúpulo algum em maltratar os coelhos, o macaco e mesmo o cão, quando, por acaso ou afeto, cruzavam em meu caminho. Meu mal, porém, ia tomando conta de mim - que outro mal pode se comparar ao álcool? - e, no fim, até Pluto, que começava agora a envelhecer e, por conseguinte, se tomara um tanto rabugento, até mesmo Pluto começou a sentir os efeitos de meu mau humor.
Certa noite, ao voltar a casa, muito embriagado, de uma de minhas andanças pela cidade, tive a impressão de que o gato evitava a minha presença. Apanhei-o, e ele, assustado ante a minha violência, me feriu a mão, levemente, com os dentes. Uma fúria demoníaca apoderou-se, instantaneamente, de mim. Já não sabia mais o que estava fazendo. Dir-se-ia que, súbito, minha alma abandonara o corpo, e uma perversidade mais do que diabólica, causada pela genebra, fez vibrar todas as fibras de meu ser.Tirei do bolso um canivete, abri-o, agarrei o pobre animal pela garganta e, friamente, arranquei de sua órbita um dos olhos! Enrubesço, estremeço, abraso-me de vergonha, ao referir-me, aqui, a essa abominável atrocidade.
Quando, com a chegada da manhã, voltei à razão - dissipados já os vapores de minha orgia noturna - , experimentei, pelo crime que praticara, um sentimento que era um misto de horror e remorso; mas não passou de um sentimento superficial e equívoco, pois minha alma permaneceu impassível. Mergulhei novamente em excessos, afogando logo no vinho a lembrança do que acontecera.
Entrementes, o gato se restabeleceu, lentamente. A órbita do olho perdido apresentava, é certo, um aspecto horrendo, mas não parecia mais sofrer qualquer dor. Passeava pela casa como de costume, mas, como bem se poderia esperar, fugia, tomado de extremo terror, à minha aproximação. Restava-me ainda o bastante de meu antigo coração para que, a princípio, sofresse com aquela evidente aversão por parte de um animal que, antes, me amara tanto. Mas esse sentimento logo se transformou em irritação. E, então, como para perder-me final e irremissivelmente, surgiu o espírito da perversidade. Desse espírito, a filosofia não toma conhecimento. Não obstante, tão certo como existe minha alma, creio que a perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano - uma das faculdades, ou sentimentos primários, que dirigem o caráter do homem. Quem não se viu, centenas de vezes, a cometer ações vis ou estúpidas, pela única razão de que sabia que não devia cometê-las? Acaso não sentimos uma inclinação constante mesmo quando estamos no melhor do nosso juízo, para violar aquilo que é lei, simplesmente porque a compreendemos como tal? Esse espírito de perversidade, digo eu, foi a causa de minha queda final. O vivo e insondável desejo da alma de atormentar-se a si mesma, de violentar sua própria natureza, de fazer o mal pelo próprio mal, foi o que me levou a continuar e, afinal, a levar a cabo o suplício que infligira ao inofensivo animal. Uma manhã, a sangue frio, meti-lhe um nó corredio em torno do pescoço e enforquei-o no galho de uma árvore. Fi-lo com os olhos cheios de lágrimas, com o coração transbordante do mais amargo remorso. Enforquei-o porque sabia que ele me amara, e porque reconhecia que não me dera motivo algum para que me voltasse contra ele. Enforquei-o porque sabia que estava cometendo um pecado - um pecado mortal que comprometia a minha alma imortal, afastando-a, se é que isso era possível, da misericórdia infinita de um Deus infinitamente misericordioso e infinitamente terrível.
Na noite do dia em que foi cometida essa ação tão cruel, fui despertado pelo grito de "fogo!". As cortinas de minha cama estavam em chamas. Toda a casa ardia. Foi com grande dificuldade que minha mulher, uma criada e eu conseguimos escapar do incêndio. A destruição foi completa. Todos os meus bens terrenos foram tragados pelo fogo, e, desde então, me entreguei ao desespero.
Não pretendo estabelecer relação alguma entre causa e efeito - entre o desastre e a atrocidade por mim cometida. Mas estou descrevendo uma seqüência de fatos, e não desejo omitir nenhum dos elos dessa cadeia de acontecimentos. No dia seguinte ao do incêndio, visitei as ruínas. As paredes, com exceção de uma apenas, tinham desmoronado. Essa única exceção era constituída por um fino tabique interior, situado no meio da casa, junto ao qual se achava a cabeceira de minha cama. O reboco havia, aí, em grande parte, resistido à ação do fogo - coisa que atribuí ao fato de ter sido ele construído recentemente. Densa multidão se reunira em torno dessa parede, e muitas pessoas examinavam, com particular atenção e minuciosidade, uma parte dela, As palavras "estranho!", "singular!", bem como outras expressões semelhantes, despertaram-me a curiosidade. Aproximei-me e vi, como se gravada em baixo-relevo sobre a superfície branca, a figura de um gato gigantesco. A imagem era de uma exatidão verdadeiramente maravilhosa. Havia uma corda em tomo do pescoço do animal.
Logo que vi tal aparição - pois não poderia considerar aquilo como sendo outra coisa - , o assombro e terror que se me apoderaram foram extremos. Mas, finalmente, a reflexão veio em meu auxílio. O gato, lembrei-me, fora enforcado num jardim existente junto à casa. Aos gritos de alarma, o jardim fora imediatamente invadido pela multidão. Alguém deve ter retirado o animal da árvore, lançando-o, através de uma janela aberta, para dentro do meu quarto. Isso foi feito, provavelmente, com a intenção de despertar-me. A queda das outras paredes havia comprimido a vítima de minha crueldade no gesso recentemente colocado sobre a parede que permanecera de pé. A cal do muro, com as chamas e o amoníaco desprendido da carcaça, produzira a imagem tal qual eu agora a via.
Embora isso satisfizesse prontamente minha razão, não conseguia fazer o mesmo, de maneira completa, com minha consciência, pois o surpreendente fato que acabo de descrever não deixou de causar-me, apesar de tudo, profunda impressão. Durante meses, não pude livrar-me do fantasma do gato e, nesse espaço de tempo, nasceu em meu espírito uma espécie de sentimento que parecia remorso, embora não o fosse. Cheguei, mesmo, a lamentar a perda do animal e a procurar, nos sórdidos lugares que então freqüentava, outro bichano da mesma espécie e de aparência semelhante que pudesse substituí-lo.
Uma noite, em que me achava sentado, meio aturdido, num antro mais do que infame, tive a atenção despertada, subitamente, por um objeto negro que jazia no alto de um dos enormes barris, de genebra ou rum, que constituíam quase que o único mobiliário do recinto. Fazia já alguns minutos que olhava fixamente o alto do barril, e o que então me surpreendeu foi não ter visto antes o que havia sobre o mesmo. Aproximei-me e toquei-o com a mão. Era um gato preto, enorme - tão grande quanto Pluto - e que, sob todos os aspectos, salvo um, se assemelhava a ele. Pluto não tinha um único pêlo branco em todo o corpo - e o bichano que ali estava possuía uma mancha larga e branca, embora de forma indefinida, a cobrir-lhe quase toda a região do peito.
Ao acariciar-lhe o dorso, ergueu-se imediatamente, ronronando com força e esfregando-se em minha mão, como se a minha atenção lhe causasse prazer. Era, pois, o animal que eu procurava. Apressei-me em propor ao dono a sua aquisição, mas este não manifestou interesse algum pelo felino. Não o conhecia; jamais o vira antes.
Continuei a acariciá-lo e, quando me dispunha a voltar para casa, o animal demonstrou disposição de acompanhar-me. Permiti que o fizesse - detendo-me, de vez em quando, no caminho, para acariciá-lo. Ao chegar, sentiu-se imediatamente à vontade, como se pertencesse a casa, tomando-se, logo, um dos bichanos preferidos de minha mulher.
De minha parte, passei a sentir logo aversão por ele. Acontecia, pois, justamente o contrário do que eu esperava. Mas a verdade é que - não sei como nem por quê - seu evidente amor por mim me desgostava e aborrecia. Lentamente, tais sentimentos de desgosto e fastio se converteram no mais amargo ódio. Evitava o animal. Uma sensação de vergonha, bem como a lembrança da crueldade que praticara, impediam-me de maltratá-lo fisicamente. Durante algumas semanas, não lhe bati nem pratiquei contra ele qualquer violência; mas, aos poucos - muito gradativamente - , passei a sentir por ele inenarrável horror, fugindo, em silêncio, de sua odiosa presença, como se fugisse de uma peste.
Sem dúvida, o que aumentou o meu horror pelo animal foi a descoberta, na manhã do dia seguinte ao que o levei para casa, que, como Pluto, também havia sido privado de um dos olhos. Tal circunstância, porém, apenas contribuiu para que minha mulher sentisse por ele maior carinho, pois, como já disse, era dotada, em alto grau, dessa ternura de sentimentos que constituíra, em outros tempos, um de meus traços principais, bem como fonte de muitos de meus prazeres mais simples e puros.
No entanto, a preferência que o animal demonstrava pela minha pessoa parecia aumentar em razão direta da aversão que sentia por ele. Seguia-me os passos com uma pertinácia que dificilmente poderia fazer com que o leitor compreendesse. Sempre que me sentava, enrodilhava-se embaixo de minha cadeira, ou me saltava ao colo, cobrindo-me com suas odiosas carícias. Se me levantava para andar, metia-se-me entre as pemas e quase me derrubava, ou então, cravando suas longas e afiadas garras em minha roupa, subia por ela até o meu peito. Nessas ocasiões, embora tivesse ímpetos de matá-lo de um golpe, abstinha-me de fazê-lo devido, em parte, à lembrança de meu crime anterior, mas, sobretudo - apresso-me a confessá-lo - , pelo pavor extremo que o animal me despertava.
Esse pavor não era exatamente um pavor de mal físico e, contudo, não saberia defini-lo de outra maneira. Quase me envergonha confessar - sim, mesmo nesta cela de criminoso - , quase me envergonha confessar que o terror e o pânico que o animal me inspirava eram aumentados por uma das mais puras fantasias que se possa imaginar. Minha mulher, mais de uma vez, me chamara a atenção para o aspecto da mancha branca a que já me referi, e que constituía a única diferença visível entre aquele estranho animal e o outro, que eu enforcara. O leitor, decerto, se lembrará de que aquele sinal, embora grande, tinha, a princípio, uma forma bastante indefinida. Mas, lentamente, de maneira quase imperceptível - que a minha imaginação, durante muito tempo, lutou por rejeitar como fantasiosa -, adquirira, por fim, uma nitidez rigorosa de contornos. Era, agora, a imagem de um objeto cuja menção me faz tremer... E, sobretudo por isso, eu o encarava como a um monstro de horror e repugnância, do qual eu, se tivesse coragem, me teria livrado. Era agora, confesso, a imagem de uma coisa odiosa, abominável: a imagem da forca! Oh, lúgubre e terrível máquina de horror e de crime, de agonia e de morte!
Na verdade, naquele momento eu era um miserável - um ser que ia além da própria miséria da humanidade. Era uma besta-fera, cujo irmão fora por mim desdenhosamente destruído... uma besta-fera que se engendrara em mim, homem feito à imagem do Deus Altíssimo. Oh, grande e insuportável infortúnio! Ai de mim! Nem de dia, nem de noite, conheceria jamais a bênção do descanso! Durante o dia, o animal não me deixava a sós um único momento; e, à noite, despertava de hora em hora, tomado do indescritível terror de sentir o hálito quente da coisa sobre o meu rosto, e o seu enorme peso - encarnação de um pesadelo que não podia afastar de mim - pousado eternamente sobre o meu coração!
Sob a pressão de tais tormentos, sucumbiu o pouco que restava em mim de bom. Pensamentos maus converteram-se em meus únicos companheiros - os mais sombrios e os mais perversos dos pensamentos. Minha rabugice habitual se transformou em ódio por todas as coisas e por toda a humanidade - e enquanto eu, agora, me entregava cegamente a súbitos, freqüentes e irreprimíveis acessos de cólera, minha mulher - pobre dela! - não se queixava nunca convertendo-se na mais paciente e sofredora das vítimas.
Um dia, acompanhou-me, para ajudar-me numa das tarefas domésticas, até o porão do velho edifício em que nossa pobreza nos obrigava a morar, O gato seguiu-nos e, quase fazendo-me rolar escada abaixo, me exasperou a ponto de perder o juízo. Apanhando uma machadinha e esquecendo o terror pueril que até então contivera minha mão, dirigi ao animal um golpe que teria sido mortal, se atingisse o alvo. Mas minha mulher segurou-me o braço, detendo o golpe. Tomado, então, de fúria demoníaca, livrei o braço do obstáculo que o detinha e cravei-lhe a machadinha no cérebro. Minha mulher caiu morta instantaneamente, sem lançar um gemido.
Realizado o terrível assassínio, procurei, movido por súbita resolução, esconder o corpo. Sabia que não poderia retirá-lo da casa, nem de dia nem de noite, sem correr o risco de ser visto pelos vizinhos.
Ocorreram-me vários planos. Pensei, por um instante, em cortar o corpo em pequenos pedaços e destruí-los por meio do fogo. Resolvi, depois, cavar uma fossa no chão da adega. Em seguida, pensei em atirá-lo ao poço do quintal. Mudei de idéia e decidi metê-lo num caixote, como se fosse uma mercadoria, na forma habitual, fazendo com que um carregador o retirasse da casa. Finalmente, tive uma idéia que me pareceu muito mais prática: resolvi emparedá-lo na adega, como faziam os monges da Idade Média com as suas vítimas.
Aquela adega se prestava muito bem para tal propósito. As paredes não haviam sido construídas com muito cuidado e, pouco antes, haviam sido cobertas, em toda a sua extensão, com um reboco que a umidade impedira de endurecer. Ademais, havia uma saliência numa das paredes, produzida por alguma chaminé ou lareira, que fora tapada para que se assemelhasse ao resto da adega. Não duvidei de que poderia facilmente retirar os tijolos naquele lugar, introduzir o corpo e recolocá-los do mesmo modo, sem que nenhum olhar pudesse descobrir nada que despertasse suspeita.
E não me enganei em meus cálculos. Por meio de uma alavanca, desloquei facilmente os tijolos e tendo depositado o corpo, com cuidado, de encontro à parede interior. Segurei-o nessa posição, até poder recolocar, sem grande esforço, os tijolos em seu lugar, tal como estavam anteriormente. Arranjei cimento, cal e areia e, com toda a precaução possível, preparei uma argamassa que não se podia distinguir da anterior, cobrindo com ela, escrupulosamente, a nova parede. Ao terminar, senti-me satisfeito, pois tudo correra bem. A parede não apresentava o menor sinal de ter sido rebocada. Limpei o chão com o maior cuidado e, lançando o olhar em tomo, disse, de mim para comigo: "Pelo menos aqui, o meu trabalho não foi em vão".
O passo seguinte foi procurar o animal que havia sido a causa de tão grande desgraça, pois resolvera, finalmente, matá-lo. Se, naquele momento, tivesse podido encontrá-lo, não haveria dúvida quanto à sua sorte: mas parece que o esperto animal se alarmara ante a violência de minha cólera, e procurava não aparecer diante de mim enquanto me encontrasse naquele estado de espírito. Impossível descrever ou imaginar o profundo e abençoado alívio que me causava a ausência de tão detestável felino. Não apareceu também durante a noite - e, assim, pela primeira vez, desde sua entrada em casa, consegui dormir tranqüila e profundamente. Sim, dormi mesmo com o peso daquele assassínio sobre a minha alma.
Transcorreram o segundo e o terceiro dia - e o meu algoz não apareceu. Pude respirar, novamente, como homem livre. O monstro, aterrorizado fugira para sempre de casa. Não tomaria a vê-lo! Minha felicidade era infinita! A culpa de minha tenebrosa ação pouco me inquietava. Foram feitas algumas investigações, mas respondi prontamente a todas as perguntas. Procedeu-se, também, a uma vistoria em minha casa, mas, naturalmente, nada podia ser descoberto. Eu considerava já como coisa certa a minha felicidade futura.
No quarto dia após o assassinato, uma caravana policial chegou, inesperadamente, a casa, e realizou, de novo, rigorosa investigação. Seguro, no entanto, de que ninguém descobriria jamais o lugar em que eu ocultara o cadáver, não experimentei a menor perturbação. Os policiais pediram-me que os acompanhasse em sua busca. Não deixaram de esquadrinhar um canto sequer da casa. Por fim, pela terceira ou quarta vez, desceram novamente ao porão. Não me alterei o mínimo que fosse. Meu coração batia calmamente, como o de um inocente. Andei por todo o porão, de ponta a ponta. Com os braços cruzados sobre o peito, caminhava, calmamente, de um lado para outro. A polícia estava inteiramente satisfeita e preparava-se para sair. O júbilo que me inundava o coração era forte demais para que pudesse contê-lo. Ardia de desejo de dizer uma palavra, uma única palavra, à guisa de triunfo, e também para tomar duplamente evidente a minha inocência.
- Senhores - disse, por fim, quando os policiais já subiam a escada - , é para mim motivo de grande satisfação haver desfeito qualquer suspeita. Desejo a todos os senhores ótima saúde e um pouco mais de cortesia. Diga-se de passagem, senhores, que esta é uma casa muito bem construída... (Quase não sabia o que dizia, em meu insopitável desejo de falar com naturalidade.) Poderia, mesmo, dizer que é uma casa excelentemente construída. Estas paredes - os senhores já se vão? - , estas paredes são de grande solidez.
Nessa altura, movido por pura e frenética fanfarronada, bati com força, com a bengala que tinha na mão, justamente na parte da parede atrás da qual se achava o corpo da esposa de meu coração.
Que Deus me guarde e livre das garras de Satanás! Mal o eco das batidas mergulhou no silêncio, uma voz me respondeu do fundo da tumba, primeiro com um choro entrecortado e abafado, como os soluços de uma criança; depois, de repente, com um grito prolongado, estridente, contínuo, completamente anormal e inumano. Um uivo, um grito agudo, metade de horror, metade de triunfo, como somente poderia ter surgido do inferno, da garganta dos condenados, em sua agonia, e dos demônios exultantes com a sua condenação.
Quanto aos meus pensamentos, é loucura falar. Sentindo-me desfalecer, cambaleei até à parede oposta. Durante um instante, o grupo de policiais deteve-se na escada, imobilizado pelo terror. Decorrido um momento, doze braços vigorosos atacaram a parede, que caiu por terra. O cadáver, já em adiantado estado de decomposição, e coberto de sangue coagulado, apareceu, ereto, aos olhos dos presentes.
Sobre sua cabeça, com a boca vermelha dilatada e o único olho chamejante, achava-se pousado o animal odioso, cuja astúcia me levou ao assassínio e cuja voz reveladora me entregava ao carrasco.
Eu havia emparedado o monstro dentro da tumba!
- Fim -
Edgar Allan Poe
Retirado do Site: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=83#ixzz1QWsofO47
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
segunda-feira, 20 de junho de 2011
(Edgar Allan Poe)
Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar.
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor --
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.
(Tradução de Fernando Pessoa )
Foto:
http://darkartists-inc.deviantart.com/art/Annabel-Lee-105119946
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
“Uma visita”, eu me disse, “está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais.”
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu’ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P’ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
“É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais”.
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
“Senhor”, eu disse, “ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi…” E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
“Por certo”, disse eu, “aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.”
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
“É o vento, e nada mais.”
Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.
E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
“Tens o aspecto tosquiado”, disse eu, “mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais.”
Disse o corvo, “Nunca mais”.
Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome “Nunca mais”.
Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, “Amigo, sonhos – mortais
Todos – todos já se foram. Amanhã também te vais”.
Disse o corvo, “Nunca mais”.
A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
“Por certo”, disse eu, “são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp’rança de seu canto cheio de ais
Era este “Nunca mais”.
Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu’ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele “Nunca mais”.
Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Naquele veludo onde ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!
Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
“Maldito!”, a mim disse, “deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.
“Profeta”, disse eu, “profeta – ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, “Nunca mais”.
“Profeta”, disse eu, “profeta – ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.
“Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!”, eu disse. “Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!”
Disse o corvo, “Nunca mais”.
E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á… nunca mais!
(Tradução de Fernando Pessoa )
terça-feira, 14 de junho de 2011
Here we are,
And I can think from all the pills,
Hey,
Start the car and take me home,
Here we are,
And you're too drunk to hear a word I say,
Start the car and take me home,
Just tonight I will stay, And we'll throw it all away,
When the light hits your eyes,
It's telling me I'm right,
And if I,
I am through,
Then it's all because of you,
Just tonight,
Here I am,
And I can't seem to see straight,
But I'm too numb to feel right now,
And here I am,
Watching the clock that's ticking away my time
I'm too numb to feel right now
Just tonight I will stay, And we'll throw it all away,
When the light hits your eyes,
It's telling me I'm right,
And if I,
I am through,
Then it's all because of you,
Just tonight,
Just Tonight,
Do you understand who I am do you wanna know,
Can you really see through me,
Now I have got to go,
Just Tonight,
I won't leave,
And I'll lie and you'll believe,
Just Tonight,
I will see that it's all because of me,
Just tonight I will stay, And we'll throw it all away,
When the light hits your eyes,
It's telling me I'm right,
And if I,
I am through,
Then it's all because of you,
Just tonight,
It's all because of you,
Just tonight,
It's all because of you,
Just tonight,
It's all because of you,
Just tonight.
Lestat de Lioncourt
Lestat de Lioncourt é um personagem fictício que aparece em vários dos romances de Anne Rice, incluindo O Vampiro Lestat. Ele é um vampiro, e o principal personagem, na maioria das Crônicas Vampirescas (Vampire Chronicles) onde o mesmo é narrado em primeira pessoa.
Sua vida como mortal
Lestat é o sétimo filho do marquês d'Auvergne e nasceu em 1760, em Auvergne, França, em um castelo pertencente a seus antepassados. Apesar da sua aparente nobreza ele cresceu em uma pobreza relativa; seus antepassados esbanjaram as riquezas da família delapidando assim a fortuna familiar.No penultimo livro das cronicas ele explica que seu nome foi formado com as iniciais do nome dos seus irmãos.Como o mais novo filho da família, Lestat ascendia a nada herdar. Sua relação com seu pai e irmãos eram tensas devido a diferenças irreconciliáveis.Talvez o momento mais crucial de sua vida mortal, foi quando as pessoas da cidade vieram para lhe falar sobre uma alcateia de cinco lobos que entraram na aldeia assustando as pessoas. E enquanto os caçava ao redor das montanhas de Auvergne, foi atacado por oito lobos, que quase causaram sua morte. A morte de seus cães de caça e sua égua, teve profundo efeito sobre sua aparente estabilidade mental. Ele retornou para casa, determinado a seguir o seu próprio caminho.Lestat cai numa profunda depressão após a luta com os lobos.desejando deixar a vida que ele levava, ele e um amigo ,nicolas, filho de um comeciante fogem de Auvergne para tornarem-se artistas e viverem como bem entenderem .Ja em Paris Lestat torna-se um ator, que em pouco tempo é reconhecido como um grande talento, dentro e fora da França .Durante uma peça porém, ele atrai a atenção de uma misteriosa figura, que veio se revelar um antigo vampiro chamado Magnus, que o rapta e o transforma contra sua vontade.Porém com os poderes recém adquiridos Lestat se apaixona por sua condição, devota um amor de filho a Magnus, mas este revela que esta abandonando a vida, e escolhera Lestat para ser seu sucessor.Lestat fica perplexo com essa revelação e vê atônito Magnus se lançar ao fogo.
Transformado em vampiro
Início
Ao encontrar Lestat, Magnus o torna um vampiro, contra a sua vontade. No entanto, Magnus, cansado da vida, comete o suicídio atirando-se em uma pira, deixando sem qualquer tipo de orientação mas como herdeiro de uma inesgotável riqueza, e começa uma aventura que o leva a conhecer todo o mundo.
Lestat sempre foi uma criatura solitária. Em sua infância o único membro da sua família com quem ele tinha qualquer ligação era com a mãe. Gabrielle de Lioncourt foi uma bela mulher de ascendência italiana, foi dela que Lestat herdou o seu cabelo louro e sua boa aparência. Gabrielle era o único membro da sua família, que apreciava ler e frequentemente ficava imersa em seus romances, negligenciando a vida mundana ao seu redor. Lestat a admirava e ela o odiava por isso, mas ele foi a única pessoa de sua família, com quem ela também poderia trocar confidências de modo que eles desenvolveram um silencioso e forte vínculo. Por este motivo ele a escolheu para ser sua primeira companheira vampira, na ocasião em que ela chega a Paris, querendo vê-lo antes que sucumbisse à sua doença fatal.
Nicolas de Lenfent
Lestat também fez de seu melhor amigo mortal, Nicolas de Lenfent, um vampiro. Ambos trabalharam em um pequeno teatro chamado "Renaud's", Lestat começou como um figurante, e para sua surpresa, depois acabou tornando-se estrela do show, enquanto Nicolas tornou-se violinista da pequena orquestra do teatro. Após Lestat ter sido raptado e se transformado num vampiro ele tentou distanciar-se de sua família e amigos mortais. Ele comprou um apartamento para Nicolas e muitos outros luxos, como um violino Stradivarius, com o seu recém-adquirido "poder financeiro". O tempo inteiro Nicolas tinha muitas suspeitas de Lestat e sua nova vida, e a suspeita cresceu quando Lestat desaparecera com sua mãe a noite quando ela o veio visitar, e Gabrielle retornou magicamente curada. Lestat finalmente demonstrou o amor que ele sentia por Nicolas e fez dele um vampiro, assim como bem depois salvando-o de um grupo de vampiros, conhecidos como Crianças das Trevas, que eram liderados pelo poderoso vampiro, Armand.
Suas tormentas
Ao longo de sua longa vida, Lestat é atormentado por questões filosóficas comuns, tais como "Seriam minhas ações boas ou más?", "Existe um Deus?", "Eu estou em Seu plano?", "O que acontece depois da morte?", "O que torna uma pessoa feliz?" Ele encontra-se mais no amor com a humanidade do que nunca, apesar da sua relação com os humanos serem selvagens. Por um tempo, ele vê a vida como "um Jardim Selvagem", repleta de beleza e morte.
O mais poderoso dos vampiros
No espaço de apenas alguns séculos, Lestat torna-se um dos mais poderosos vampiros, apenas perdendo para os mais antigos aqueles cuja idade se perdia nos milênios. Isto é, em parte, porque o sangue que ele recebeu de Magnus, era o de um desses antigos, que era incrivelmente poderoso, e por ele ter tido um relacionamento com a rainha dos vampiros, Akasha.
Por toda sua ousadia, os mais antigos referem-se a Lestat carinhosamente, como o "príncipe moleque". Ele está sempre muito preocupado com costumes e moda, e pausa meados da narrativa para lembrar ao leitor o que ele está vestindo. A maior parte de suas experiências são com companheiros. Ele explica que este fato e por que as mulheres em séculos anteriores, simplesmente não eram interessantes. Mais tarde na série, Lestat menciona que ele tem medo das mulheres.
Louis de Pointe du Lac
Um desses companheiros é Louis de Pointe du Lac, um jovem de New Orleans a quem Lestat transforma em um vampiro no século XVIII, precisamente em 1791.Apesar de conturbada, essa parceria dura quase um século.
Afinal seu relacionamento começara mal, com desconfianças e meias-verdades, contudo gradualmente Lestat refere-se a Louis como seu amigo, como uma espécie de professor e aprendiz e em algumas passsagens até com seu amante.Mas os pontos de vista díspares, sempre foram a causa seus atritos, sendo a alineação de Lestat, repulsiva para Louis, e a falsa misericórdia de Louis sendo ridícula aos olhos de Lestat.Há certos elementos implícitos nesta relação, principalmente no que se refere ao amor e a relação de escravizador e escravizado, mas se é realmente consumado é um assunto de debate.
Claudia
Louis bebe de uma criança órfã chamada Claudia, em 1795, e Lestat transforma-a em uma vampira, apesar das objecções de Louis. Esta foi uma tática de Lestat para impedir Louis de o abandonar. Enquanto Lestat se entretinha com Claudia e a ensinava como se tornar uma vampira, é Louis que ela realmente ama, e ignora Lestat, em diversas ocasiões, algo que faz com ele se arrependa grandemente. Em 1860, após 65 anos de convivência, Claudia luta com a realidade de que ela é, uma imortal e que jamais se transformará em uma mulher.
Claudia se rebela e tenta matar Lestat, dando-lhe um rapaz morto para que ele beba o sangue, dizendo que o rapaz estava apenas inconsciente (Anne Rice declarou oficialmente que não se mata um vampiro apenas por beber sangue morto.), e cortando sua garganta e apunhalando-lhe várias vezes no peito e, com a ajuda de Louis, jogam Lestat em um pântano perto do Mississippi. Depois ele consegue retornar com a ajuda de uma jovem pianista que ele havia transformado, Louis foge com Claudia, em uma balsa para a Europa. Após Claudia e Louis escaparem de Lestat, Armand, o líder de um grupo de vampiros, brevemente toma Louis sob sua proteção, e lhe passa informações sobre seus sentimentos e sobre as regras de vampiros.
O reencontro
Lestat declarou em entrevista, na Primavera (embora ocorra na Primavera de 1988 na versão do filme), mais uma vez, Louis descobre Lestat, que esta novamente vivendo em Nova Orleans em um estado enfraquecido. Louis vira suas costas para ele na com pena e repugnância.
Esta versão dos acontecimentos no entanto também é refutada por Lestat, que diz que ele não tinha qualquer contato com Louis nessa época, embora ele tenha sido visitado por Armand esse tempo. Seja qual for a verdade, Louis e Lestat se encontram na década de 1980, apenas para terem destaque nos eventos que estão mais detalhados no filme A Rainha dos Condenados.
Outros Envolvimentos
David Talbot
David Talbot é um estudioso da ordem da Talamasca com quem Lestat cria um grande vincúlo de amizade. No livro "A História do Ladrão de Corpos", David ajuda Lestat na busca para recuperar seu corpo, David já é um homem relativamente idoso, no entanto, com a confusão de troca e recuperação dos corpos, Lestat volta ao seu corpo vampiresco e David Talbot toma o corpo de Raglen James. Por David ser velho, Lestat mata a Raglan quando este está no corpo de David, sendo assim David é obrigado a ficar no corpo jovem e forte de Raglan, o qual já havia sido roubado anteriormente por Raglan, no entanto ele fica decepcionado. Lestat que ansiava por mais tempo com David vem por seduzí-lo e transformá-lo em vampiro. A partir daí David passar a integrar a cominudade vampiresca, na qual ele começa a fazer pequenas "entrevistas" e pesquisas por seu hábito de pesquisador da Talamasca, ele é quem escreve a biografia da Vampira Pandora, a partir de uma dessas entrevistas que ele toma.
Quinn Blackwood
Tarquin Blackwood, mais conhecido como Quinn, sua primeira aparição é em Fazenda Blackwood. Quinn passa a ser o melhor amigo de Lestat. Tarquin que chamou Lestat para ajudá-lo a se livrar de um fantasma. Lestat que estava em um momento meio 'solitário' depositou sua confiança em Quinn. Assim, passaram a ser melhores amigos.
Mona Mayfair
Mona Mayfair, namorada de Quinn Blackwood, é uma das bruxas do clã Mayfair. Mona estava à beira da morte quando Lestat decidiu dá-lhe o Dom das Trevas.
Mona morava com Lestat e Quinn depois que foi transformada, Mona tenta mostrar devoção ao seu Mestre (Lestat). Entretanto, ela é uma criatura mimada que só consegue ver seus próprios problemas, e isso ocasionava vários desentendimentos entre ela e Lestat.
A maior discussão dela com Lestat aconteceu por conta do ciúme e até mesmo inveja que ela tinha de Rowan (tia de Mona). Lestat não aturou, e colocou Mona para fora de casa, mas graças a Quinn as coisas logo voltaram ao normal.
Rowan Mayfair
Rowan Mayfair aparece em Cântico de Sangue (último livro das Crônicas Vampirescas), 13ª bruxa do clã Mayfair, casada com Michael Curry. Ela é neurocirurgiã e trabalha no Centro Médico Mayfair. Seu envolvimento com Lestat começa logo quando ele a olha pela primeira vez. Em geral, Lestat conta que no mesmo momento que a viu sentiu um tipo de fascínio instantâneo. Ele não consegue omitir essa paixão avassaladora por muito tempo, com isso, todos ao seu redor perceberam seus verdadeiros sentimentos por Rowan. Rowan como resposta, demonstra frieza e desdém.
Quando Rowan precisou de ajuda por estar fora de si, Michael chamou Lestat para ajudá-la, e ele consegue trazer ela de volta ao normal.
Inesperadamente nos últimos momentos das Crônicas Vampirescas, Rowan vai atrás de Lestat, e ele diz que a ama mais que o próprio Sangue mas que o Centro Médico e Michael ainda dependem dela.Ele promete que quando chegar o momento certo eles ficarão juntos.
Lestat diz que a perdeu pois sabe que com o passar dos anos ela o esqueceria . Deste modo termina as cronicas vampirescas... mas as histórias do nosso príncipe moleque vao prosseguindo por toda eternidade...
Aparições e adaptações em outras mídias
- Lestat foi interpretado por Tom Cruise no filme de 1994 Neil Jordan na adaptação cinematográfica de Entrevista com o Vampiro. O filme também é estrelado por Brad Pitt como Louis, Kirsten Dunst como Claudia, e Antonio Banderas como Armand.
- Stuart Townsend interpretou Lestat no 2002 na adaptação cinematográfica de A Rainha dos Condenados, co-estrelaram R & B a cantora Aaliyah como Akasha. Nesta adaptação, Lestat não foi apenas um vampiro, mas também uma estrela do rock (um aspecto de sua vida que não aparecem em O Vampiro Lestat, mas não é tratada, em qualquer comprimento real até o próximo livro, A Rainha dos Condenados).
- Em Março de 2006, com uma pré-estréia da Broadway, e em Dezembro de 2005, onde foram apresentados até Maio de 2006, Lestat: Um Musical, apresenta músicas de Elton John e Bernie Taupin. O papel de Lestat foi realizado pelo veterano da Broadway, o ator Hugh Panaro.
- Lestat foi parodiado na televisão FOX no programa American Dad. O personagem Roger, o Alien fez uma imitação que pretendia ser Lestat, vestido com trajes do século 18, e falando com um sotaque francês para conquistar uma garota gótica.
- Lestat também é retratado no ano Coven Ball, em Nova Orleans conhecida como "Les Temps des Vampires" (geridos por Suzanne Quiroz, Anne Rice, o ex-presidente e assistente pessoal do Vampiro Lestat Fan Club). Anne Rice menciona estes partidos como "características especiais" do Fundo da Entrevista com o Vampiro, durante anos visitei-los pessoalmente, mas agora envio um vídeo com a saudação aos convidados, todos os anos a partir de sua casa na Califórnia. Anne Rice patrocinou o Memnoch Ball, em 1995 (como ela fala sobre o DVD) e foi realizada em St. Elizabeth's, uma propriedade que possuía naquela época.
- Além disso, a música "Love Blood" de autoria do guitarrista Steve Vai (incluída no álbum "The Elusive Light and Sound Vol.1") foi escrita com base em peculiaridades de Lestat.
- No episódio 1 da 5º temporada de, "Buffy a caça vampiros", intitulado, "Buffy contra Drácula", Buffy faz menção sobre Lestat.
Retirado dos Sites:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lestat_de_Lioncourt
http://asmrpg.com.br/wiki/Lestat_de_Lioncourt
http://libellula.deviantart.com/art/Lestat-Last-Version-112020966
sábado, 11 de junho de 2011
sexta-feira, 3 de junho de 2011
SID - Ranbu No Melody
Shizuka ni shizuka ni maku wa kiri otoshi
Kakusei no yoake ni aoi honou
Miwatasu kagiri no yami to katto wo te saguri no hibi
Bokura wa make wo shiranai yowasa wo
Dakishime aruita
Atarashii kiba de jidai wo kizame
Shizuka ni shizuka ni makuwa kiri otoshi
Kakusei no yoake ni aoi honou
Mamoritai anata ni deaeru sono hi made wa
Yuushu nobi yori me no mae no teki wo
Kokoro nai kotoba hoko saki subete wo nomi komi aruita
Tsukareta hushin wa jishin ni neji mage
Kurushikute nige takute maga sashita mirai wa
Yume egaita bokura to tooi tokoro de
Jikan nante hosou nante kechi rashite hohoenda
Ano koro nani mo kowaku nakatta ro?
Shizuka ni shizuka ni maku wa kiri otoshi
Kakusei no yoake ni aoi honou
Mamoritai anata ni deaeru sono hi made wa
Yuushu nobi yori me no mae no teki wo
Itoshikute itoshikute hoka ni wa nani mo nakute
Koko kara miwatashita keshiki zenbu
Matomete tsurete itte ageru sa hanasanai de
Zutto nari yamanu ranbu no MELODY