sábado, 5 de novembro de 2011


Tiposde bebidas alcoólicas


Cerveja

Acredita-se que a cerveja exista há pelo menos 6000 anos.

A Cerveja é a bebida que resulta da fermentação alcoólica de mosto de cereal maltado, geralmente malte de cevada. O seu teor alcoólico pode variar de 3% vol. a 8% vol.

A cerveja é uma mistura complexa feita a partir de diversas matérias primas: água, malte, lúpulo, levedura, milho e arroz.

A água é um dos seus constituintes mais importantes, visto que influencia bastante o tipo de cerveja que se deseja obter. O malte, que é uma substancia semelhante à farinha, é que confere à cerveja o seu poder nutritivo. Esta “farinha” é proveniente de um tipo de cevada. O lúpulo, que é uma planta trepadeira, é um constituinte fundamental à produção de uma boa cerveja, porque da planta apenas se recolhe a flor feminina que transmite à cerveja o sabor característico. Diferentes tipos de lúpulo, traduzem-se em diferentes sabores. A levedura tem como função transformar o açúcar, contido no mosto, em álcool e dióxido de carbono. O milho e o arroz têm como finalidade evitar que a cerveja sofra turvações.

Vinho de mesa

O cultivo das vinhas da tem muitos séculos de história e os Gregos e os Romanos até lhe dedicavam uma divindade. Para fazer um bom vinho de mesa, que advém da fermentação simples do sumo de uva, é necessário que as castas sejam equilibradas e que as vinhas estejam implantadas em terrenos propícios (xistosos, graníticos) e com clima moderado. O nosso país é um dos maiores produtores de vinho do mundo porque as condições descritas acima são conseguidas na quase totalidade do nosso território. Existem vários tipos de vinho, o vinho verde, o vinho branco e o vinho tinto. Os teores alcoólicos dos vinhos oscilam entre os 8º de alguns vinhos verdes e as 13,5º de alguns vinhos tintos.

Vinho do Porto

Com o passar de séculos e séculos o Vinho do Porto tornou-se um símbolo nacional que representa Portugal no mundo inteiro. Este vinho é já bastante antigo, mas a sua designação surgiu na segunda metade do século XVII. A sua produção foi-se desenvolvendo até aos dias de hoje, adaptando-se às novas tecnologias.

O Vinho do Porto, para ser assim designado, tem de ser produzido na região demarcada do Douro. Esta região é essencialmente xistosa e dá as características e qualidades ao vinho que o tornam diferente de todos os outros.

Os seus ingredientes são uvas brancas ou tintas e aguardente vínica. O Vinho do Porto é uma bebida generosa e doce e é também um vinho licoroso. Isto significa que a sua fermentação é interrompida pela adição de aguardente vínica. Assim, o vinho do Porto sofre um processo diferente de todos os outros, tornando-se um vinho único. Este processo implica um esmagamento do desengace (separação dos bagos de uva dos engaços) seguindo-se uma fermentação. O mosto fica em repouso, e é novamente esmagado. A fermentação, como já foi referido anteriormente, é interrompida com a adição de aguardente para estabilizar o grau de doçura do vinho. A aguardente permite, além de outras coisas, controlar o grau de doçura final.

Por fim, o Vinho do Porto passa por um período de envelhecimento. Este período, difere conforme o tipo de vinho que se pretende obter. Varia normalmente entre 2 e 7 anos, chegando a existir variedades que passam por um período de envelhecimento de mais de 40 anos. O vinho do Porto pode ser classificado conforme a qualidade e o seu tempo de envelhecimento. A classificação Vintage faz parte dos melhores lotes de vinhos produzidos.

O teor alcoólico característico deste vinho é cerca de 19 % vol.

Uísque

O Uísque tem origem na Escócia e é produzido a partir cereias que podem ser maltados ou não.

São obtidos a partir da fermentação simples do cereal à qual se seguem duas destilações, o que faz com que o seu teor alcoólico atinja 40º.

Existem três tipos de uísque: uísques puros de malte, de cereais e os “blended”.

Os uísques de malte obtêm-se exclusivamente a partir de cevada germinada e cuja germinação é interrompida.
Os uísque de cereais são destilado a partir de cereais não maltados (cevada, milho e outros) aos quais se adiciona cevada maltada.

Os blended são normalmente uma mistura de uísque de malte e cereais.

O uísque é obtido através de um processo de fermentação que é seguido de duas destilações. É caracterizada como uma bebida espirituosa sendo o seu teor alcoólico geralmente de 40% em volume.

Vodka

A vodka surgiu no nordeste da Europa e dois países disputam a sua origem, a Polónia e a Rússia. A palavra vodka é um diminutivo da palavra voda que em Russo significa água. A vodka tem origem em cereais que são fermentados e depois destilados. Este processo permite obter uma bebida com elevado teor alcoólico ( varia entre 37,5º e 50º).

Mais especificamente, a Vodka é feita de batata ou cereais fermentados, e é a bebida mais pura de todas as bebidas alcoólicas porque é passada por um filtro de carvão vegetal, para remover todas as substâncias, excepto o álcool.

No processo de fabrico da Vodka a batata, ou os cereais cozidos a uma alta temperatura, são colocados num local apropriado onde arrefecem. Depois é-lhes é adicionada água. A esta mistura, adiciona-se malte para que a fécula, através de uma reacção química, se transforme em açucares.
O produto final é destilado com objectivo de remover todos os sabores ou aromas deixados pelos cereais. Posteriormente, algumas ervas e especiarias, conferem-lhe o seu sabor final.

Na Rússia e nos países de leste, a vodka está muito relacionada com problemas de alcoolismo e chegou a ser proibida de 1917 a 1938.

Licores

Os licores são bebidas espirituosas, que se obtêm pela mistura de álcool e/ou aguardente com água, açúcar e aromatizantes. Em vez de açúcar, pode utilizar-se mel e sumo de uvas concentrado.
Os aromatizantes podem ser:

plantas (alecrim, hortelã), flores (camomila, rosa, flor de laranjeira), frutos (banana, morango, limão), casca de árvore (quina, canela), sementes (anis, damasco).

Os licores podem ser obtidos por:
- destilação (licores à base de plantas);
- infusão/maceração (licores à base de frutos);
- obtidos por adição de extractos ou essências;
- obtidos por adição de natas.

Recentemente tendem a aparecer novos tipos de licores chamados de licores de creme, por exemplo, creme de banana e creme de cacau.

O Decreto Lei n.º 257/87, impõe uma série de requisitos em relação à comercialização de licores.
Por exemplo, o teor alcoólico dos licores tem de ser, no mínimo, 15% vol. para os licores de creme e 20% vol. para os outros.

Absinto

Apesar de ser sempre relacionado à França, o Absinto é uma criação suíça. Destilados, os seus ingredientes compõem-se de anis e uma diversidade de ervas em que se destaca a Artemisia absinthium, responsável pela polémica em volta do absinto, por conter substâncias alucinógenias.

A história do absinto começa em 1792, quando o médico e monarquista francês Pierre Ordinaire, exilado na Suíça, utilizou a planta Artemisia absinthium para fabricar uma poção digestiva. Poucos anos depois, ele adicionou álcool à fórmula para potencializar os seus efeitos.

O absinto foi proibido por muitos anos na maioria dos países, voltando recentemente à legalidade.

A simples mistura com água, das ervas que compõem o absinto, resulta num líquido extremamente amargo. Essa mistura amarga, ao ser destilada, adquire um sabor agradável, marcante. O seu aroma lembra menta e anis.

O absinto pode atingir teores alcóolicos até 70%.2



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